Renato Negrão
depoimento para o jornal Estado de Minas sobre a cantora Juliana Perdigão

Juliana sempre foi irrequieta, curiosa e envolvida com o que de melhor, mais diverso e interessante há nas práticas artísticas. Com a Ju eu me encontro nesse ambiente que mescla despojamento e rigor, deboche e lirismo, crueza e sofisticação. Ela constrói uma linguagem atenta a transa entre o trânsito e o transe.
Apesar da nossa troca existir há muitos anos, tanto na música quanto nas artes visuais, Juliana tem sido responsável por reavivar meu tesão de compor canções. Desde que gravou em seu primeiro álbum Que bom, cujo refrão “que bom ser contemporâneo seu” se tornou hit local e síntese de uma geração que entende a dimensão do afeto em tempos sombrios, me fazer também acreditar mais nas minhas ideias e caminhos melódicos, na delícia de compor juntos.
Nossa afinidade é tanta que além de ter musicado o poema Felino - do meu livro Vicente Viciado - encontramos ainda um amor comum e agregamos a essa parceria os poemas da Angélica Freitas; nesse novo álbum então ela mostra uma das canções que fizemos, Mulher Depressa, das muitas que devem surgir aí pela vida.
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