Renato Negrão
Odisseia Vácuo, por Susana Souto.
Odisseia Vácuo, de Renato Negrão, nos leva de surpresa em surpresa, por um vasto repertório que joga com a diversidade desconcertante dos modos de fazer e de pensar a poesia. Com inventivo humor, essa antiepopeia dialoga com discursos críticos vários que tentam estabelecer definições e funções da poesia em nosso tempo.
Seu livro-poema encena, com a cumplicidade do/a leitor/a, os limites e possibilidades de apreensão desse objeto resistente às classificações.
Acompanhar essa odisseia, a cada verso-desafio, é aceitar o convite para desaprender, de novo e sempre, e poder “ver com olhos livres” as lacunas abertas no corpo do poema, na teia de um longo discurso (auto)crítico. Entre o vácuo e a totalidade, o movimento, a leveza, a multiplicidade, a poesia.
Susana Souto – UFAL - Universidade Federal de Alagoas
